Irmão vota em irmão!! SERÁ ?!?

Quando os honestos governam, 
o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama.
Provérbios 29.2


Bem meus irmãos, estamos em mais um ano político, e como todos sabem, é mais uma oportunidade de se exercer a democracia e fazer a  diferença. É momento de olhar para a sua igreja, procurar saber quem está concorrendo a um cargo político, se é crente, e acima de tudo, se é da mesma denominação sua. Afinal de contas, você como crente, não vai votar em alguém que não é de sua igreja não é mesmo? Você não vai votar em alguém que é espírita, católico, budista, ou até mesmo ateu, OU VAI ?  Se você é crente mesmo já deve saber que irmão vota em irmão certo? ERRADO!

Esse foi o argumento que sempre ouvi nas igrejas em anos de eleição. Existem dois extremos quando se trata de política e fé cristã. De um lado, estão os que evitam falar em política a qualquer custo, os que dizem que política não é coisa de Deus e que o crente deve evitar;  e surgem por outro lado os que, mesmo sem nutrir o mínimo sentimento de lutar pelos interesses da sociedade, se aventuram no campo da política com vistas no alto salário e nas propinas que poderão ganhar, azulando, assim, sua conta bancaria. Muitos desses se aproveitam da popularidade conquistada no meio evangélico para se lançar candidato, e recebem apoio de diversos lideres de igrejas por meio de negócio.  Surge então o argumento “irmão vota em irmão” usado por alguns candidatos crentes, e lideres que desejam influenciar membros e congregados de sua igreja.  
  • Irmão vota em irmão que tem projeto.
  • Irmão vota em irmão que  tem caráter.
  • Irmão vota em irmão que possa prestar serviço à comunidade como um todo.
  • Irmão vota em irmão que ajude a melhorar a saúde e a educação para que o cidadão brasileiro tenha dignidade.
  • Irmão vota em irmão que não se venda, e que possa enxergar alem do próprio umbigo.
  • Irmão vota em irmão que tenha o verdadeiro sentimento cristão e amor pelo semelhante, do contrario, é preferível votar em quem não faz parte do mesmo gueto.

Reconheço aqui a importância de alguns que nos representam e nos representaram no poder constituído de forma condigna (sem a necessidade de citar nomes, coisa que poderei fazer em outro artigo).  Aqueles que defendem os valores da família e da sociedade, guiados pelo verdadeiro sentimento de Cristo.

Política não é de Deus!

E não é mesmo. Deus não precisa de política para continuar sendo Deus e para continuar no controle do universo. Somos nós que precisamos dela para eleger nossos representantes, exatamente por ser a política uma coisa propriamente nossa, é que precisamos reconhecer o poder que temos nas mãos pra fazer a diferença em nossa sociedade.  Não podemos errar. Para votar em irmão ou não irmão, bom seria se orássemos pedindo orientação a Deus antes de tomar essa tão importante decisão.

 Recentemente a  equipe do CQC criou um deputado fictício chamado Chico Bezerra, e elaborou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que aprovava um litro de cachaça na cesta básica do  brasileiro, a maioria dos deputados assinavam sem no mínimo se dar ao trabalho de ler a PEC. A brincadeira foi uma forma de mostrar como age boa parte de nossos representantes que estão ganhando salários gordos para discutir leis que eles nem ao menos se dão ao trabalho de ler.  

Apesar de tantos escândalos em nossa política, ainda temos alguns políticos sérios, alguns que ainda tem interesse em fazer a diferença e mudar a realidade de nossa nação, ainda temos alguns que exercem seu dever político porque o tem como seu ministério pessoal, e não por haver sido equivocadamente eleito ou porque tenha disfarçadamente comprado esse direito com terrenos, ladrilhos  ou favores a alguns supostos lideres eclesiásticos influenciadores de massas.

Votar em irmão somente por ser irmão é se arriscar a perder um político e um irmão. Eleger um pregador, cantor evangélico ou pastor que se aventura em cargo político, simplesmente por haver arrancado aplausos e gritos de glorias em nossas igrejas, não significa que farão diferença no  Governo, no Senado ou na Câmara.

Eu odeio horário político e comícios.

É o que geralmente se diz. Apesar de chatos e entediantes, são nos comícios, nos horários políticos e nas reuniões que temos a oportunidade de conhecer os projetos e as propostas desses candidatos. Confiar o nosso voto às cegas, é dar um tiro no pé sem direito a reclamar depois. CADA UM TEM O REI QUE MERECE.

Cabe a nós, fiscalizar o trabalho de nossos governantes.  Estabelecer a ficha limpa é dever nosso, não o deles. Na intenção de melhorar nossa credibilidade política depois de tantos escândalos, foi criada a “LEI DA FICHA LIMPA” que está beirando o fiasco depois de tanta brecha encontrada para beneficiar até mesmo político já condenado pelo órgão colegiado de juízes do estado do Piauí,  por condutas supostamente lesivas aos órgãos públicos. Não me causará espanto se esta Lei passar a ser chamada Lei do “LIMPA A FICHA”.  

Fatos como esse, são apenas indicativos de que a fiscalização é nosso dever, com punição na hora do voto. Para saber em quem votar, precisamos estar mais informados, pois a falta de informação nos leva ao ato inconsciente. Temos a nossa disposição, meios pelos quais estar informados tanto quanto aos atos benéficos, quanto à falta de postura ética de nossos representantes no poder. Temos A VOZ DO BRASIL, TV SENADO,TV CÂMARA,INTERNET entre outros meios.   

Somente assim poderemos saber o que está sendo feito, e conhecer melhor o trabalho dos que colocamos no poder, sobretudo nossos irmãos na fé, e deixaremos de nos conformar com o velho e batido bordão político de crentes candidatos:  IRMÃO VOTA EM IRMÃO.  

Uma mudança sempre deixa o caminho aberto para outras.
NICOLAU MAQUIAVEL